domingo, 12 de fevereiro de 2012

Comer tatu é bom?!


Policiais de Santa Catarina interagem com obra da CowParade

“Comer tatu é bom. Que pena que dá dor nas costas. Porque o bicho é baixinho, e é, por isso, que eu prefiro as cabritas.” Os versos iniciais da música Mundo Animal, sucesso da década de 1990 graças aos Mamonas Assassinas, foram os primeiros a vir à mente após ver a foto de policiais militares de Santa Catarina em pose sexual com uma vaca do evento mundial CowParade. O flagra foi do fotógrafo Eduardo Valente, da Futura Press, feito no domingo (29/1). Se o fetiche por homens de farda mexe com a cabeça de muita gente, não sei se o mesmo vale para uma transa com animais.

Ao observar a imagem, questionamentos sobre sexo bizarro também vêm ao pensamento. Mas, caro leitor, o que seria um sexo bizarro? Inicialmente, é interessante entendermos a própria origem do, então, adjetivo bizarro – já que de sexo (ao menos na teoria) todos sabemos bem. Ou imaginamos saber!

Bizarro tem nascimento controverso na etimologia. Pode vir do italiano bizzarro, que significa bravo ou feroz; ou do francês bigarre, colorido. Ainda é válido esclarecer que tal palavra pode significar garboso e corajoso, pouco usual nos tempos modernos, mas aceitável no contexto de nossa conversa. É preciso ser muito corajoso para encarar um cavalo, uma vaca, um cachorro, uma cabrita... Seja de frente, seja de costas.

Resumidamente, os sinônimos para bizarro são extravagante, excêntrico, estranho, esquisito, grotesco, diferente ou ridículo. Tudo depende do uso, como podemos observar no delicioso conto Esquisitices, da série "Conversas com meu avô". Mas calma! Não se trata de conteúdo incestuoso. Esse (ainda) não é nosso objetivo.

Numa rápida busca em sites de pesquisa, as opções para sexo bizarro vão desde ação com animais; passando por transas em lugares exóticos (alpinistas fazem loucuras pendurados) e orgias (como assim?); até chegar a incestos, grávidas, anões, uso de objetos e brincadeiras com pessoas bem dotadas (como assim de novo?). Dessa infinidade de “bizarrices” (entre aspas mesmo), separo as listadas no hotsite Lista10, hospedado no portal R7. Nesse apanhado de “dez vídeos adultos super ultra mega bizarros” Thales Azamor mostra um conteúdo para maiores de 18 anos, que vai do fetiche ao grotesco em poucos minutos.

No resumo das fantasias, o bizarro acaba partindo do contexto em que se vive, daquilo que as pessoas se permitem (ou não) fazer. Entre assexuados, heterossexuais, homossexuais, bissexuais e pansexuais sempre haverá o estranho, o inimaginável, o possível de fazer... Até onde vai o seu limite? No meu caso, com absoluta certeza (na bossa de que dois e dois são cinco), não comerei tatu, não comerei cabrita. Até por que sou cheio de frescura com alimentos e quero me casar virgem.

P.S.: Quanto à atitude dos policiais, comentários, teses, estudos e afins jorram na internet... Por vezes, coisas bizarras...

It’s all good, baby! Is it all good, baby?

Publicado no Miosótis.

Francisco Danilo Shimada

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