Carnaval 2013 - Foto: Marcos Michael
"A Mangueira não morreu, nem morrerá", como bem escreveram Aluísio Augusto da Costa e Enéas Brites na Exaltação. Este nome forte, Estação Primeira de Mangueira, está gravado na história.
Quando a Mangueira pisou na Sapucaí, em 1999, para desfilar O século do samba, um dos mais belos versos já compostos para um samba-enredo foi cantado pelo chão da Escola, pela comunidade, pela arquibancada, pelos camarotes: “a manga brota em flor sem ter espinho”. O título daquele Carnaval, para fazer parte da galeria de 17 conquistas eternas, não veio. A emoção permanece!
Com 85 anos de história, bem que a nossa vontade seria de cantar uma Mangueira que brota em flor sem ter espinhos. Essa seria a realização do maior sonho de Carnaval, a eterna alegria, embora tudo venha a se acabar numa quarta-feira. Mas a história vai além da festa. Problemas existem dentro e fora da Avenida, do Barracão ou do Morro. Que sejam resolvidos, que possamos resolvê-los.
Neste 28 de abril de 2013, num domingo em que completamos 85 anos, o desejo é de recuperação para a Velha Manga. Que o Samba sempre esteja presente em nosso Palácio, no templo onde ainda brilham as estrelas bambas: Cartola, Nelson Cavaquinho, Nelson Sargento, Dona Zica, Dona Neuma, Maçu, Carlos Cachaça, Delegado, Zé Espinguela, Jamelão, Saturnino, Xangô, Beth Carvalho, Alcione, Rosemary e tantos outros. “Mangueira mais parece um céu no chão”, sem questionamentos, Sei lá, Mangueira, não posso explicar.
Encerro com os versos de Nelson Cavaquinho, que traduziu nossa paixão pela Verde e Rosa, a Velha Manga, de maneira sublime. Declaração de amor composta por um mestre e eternizada por Beth Carvalho. Parabéns, Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira! Parabéns, Super Campeã!
Quando eu piso em folhas secas /
Caídas de uma Mangueira /
Penso na minha Escola /
E nos poetas da minha Estação Primeira...
Como ainda não consegui definir meus dez sambas mangueirenses inesquecíveis, eu escolhi 20.
2011 O filho fiel, sempre Mangueira!
2008 100 anos do frevo é de perder o sapato. Recife mandou me chamar...
2007 Minha pátria é minha língua. Mangueira, meu grande amor. Meu samba vai ao Lácio e colhe a última flor.
2003 Os dez mandamentos: o samba da paz canta a saga da liberdade.
2002 Brazil com "z" é pra cabra da peste; Brasil com "s" é a nação do Nordeste.
2001 A seiva da vida.
2000 Dom Obá II: rei dos esfarrapados, príncipe do povo.
1999 O século do samba.
1998 Chico Buarque da Mangueira.
1997 O Olimpo é Verde e Rosa!
1996 Os tambores da Mangueira na Terra da Encantaria.
1995 A esmeralda do Atlântico.
1994 Atrás da Verde e Rosa só não vai quem já morreu!
1993 Dessa fruta eu como até o caroço.
1990 E deu a louca no barroco!
1988 Cem anos de liberdade, realidade ou ilusão?
1987 O reino das palavras.
1986 Caymmi mostra ao Mundo o que a Bahia e a Mangueira têm.
1984 Yes, nós temos Braguinha!
1983 Verde que te quero Rosa... semente viva do samba.

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