domingo, 23 de fevereiro de 2014

And Oscar goes to...

Num último ano tão produtivo para o cinema, as futuras gerações (com o auxílio luxuoso dos adultos) fizeram uma homenagem às produções que concorrem ao Oscar 2014 de melhor filme. Numa frase: o resultado apresentado pelas crianças também é digno de prêmios!  O vídeo foi produzido numa parceria entre CineFix e Mom.me.


Principais concorrentes - Capitão Phillips, Clube de compras Dallas, Ela, Filomena, Gravidade, Nebraska, 12 anos de escravidão, O lobo de Wall Street e Trapaça... As previsões sobre o Oscar 2014 apontam para divisão de prêmios entre várias produções, com destaque para o drama no espaço sideral Gravidade.

Na categoria de melhor filme, a questão primordial fica sobre o caminho a ser tomado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas: premiar "12 anos de escravidão", do diretor britânico Steve McQueen, ou "Gravidade", do mexicano Alfonso Cuarón, já considerados clássicos e apontados como favoritos por críticos e público.

Independente dos resultados, o Oscar 2014 e as outras premiações, a exemplo do Globo de Ouro e dos sindicatos (diretores, atores, produtores...), destacam uma sétima arte ainda capaz de emocionar plateias em qualquer lugar do mundo. Agora é aguardar a festa marcada para 2 de março, com a cobertura de diversos sites:  Cinema É Tudo Isso! - Ana Maria Bahiana - Rubens Ewald Filho - Adoro Cinema - Spoiler Movies - Diario de Pernambuco - Veja.

Embora nem todos sejam os meus "queridos", minhas apostas são as seguintes:

Filme: 12 anos de escravidão ou Gravidade
Diretor: Alfonso Cuarón - Gravidade
Ator: Matthew McConaughey, Clube de Compras Dallas
Atriz: Cate Blanchett, Blue Jasmine
Ator coadjuvante: Jared Leto, Clube de Compras Dallas
Atriz coadjuvante: Lupita Nyong'o, 12 Anos de Escravidão
Roteiro original: Ela
Roteiro adaptado: 12 anos de escravidão
Animação: Frozen - uma aventura congelante
Animação curta-metragem: É hora de viajar
Filme em língua estrangeira: A grande beleza
Canção original: Ordinary love, de Mandela - um longo caminho para a liberdade
Documentário: O ato de matar
Documentário curta-metragem: The lady in number 6 - music saved my life
Curta-metragem: The Voorman problem
Figurino: O grande Gatsby
Fotografia: Gravidade
Montagem / edição: Gravidade
Maquiagem: Clube de compras Dallas
Trilha sonora original: Gravidade
Direção de arte: O grande Gatsby
Edição de som: Gravidade
Mixagem de som: Gravidade
Efeitos visuais: Gravidade

Francisco Danilo Shimada

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Rico com raiva (ou um momento de fúria)

Foto retirada da internet. Crédito?

Sempre achei exageradas as cenas de novelas e filmes em que personagens, financeiramente abastados, num surto de ódio, começavam a arremessar e quebrar coisas. Vasos, celulares, pratos, copos... Se tiver um espelho por perto – na verdade, sempre há – ou uma pessoa, é ainda melhor (ou pior). Os ditos se tornam alvos de qualquer objeto à mão.

Por que quebrar coisas devido a traição, fim de romance e qualquer outro estresse cotidiano? Jamais vi isso em minha casa. Nem soube de algo parecido nos lares vizinhos. Por quê? Por quê? Por quê? De tanto me questionar, eis que, dia desses, tive meu momento de “riqueza”. Ou seja, “jamais diga jamais”. Toda a minha inquietação sobre essa atitude “animalesca” teve fim. Caiu por terra qualquer pudor que eu tinha sobre tal ato de raiva.

Arremessar algo é uma atitude libertadora, uma válvula de escape, quando tudo parece ruir feito um castelo de areia na beira da praia. Sabe aquela história de contar até dez? Esqueça! Os gregos podem até ser mais espertos: jogam o prato no chão como forma de elogiar a comida (e quem a fez). Será que eles não gostam de lavar louça? Não sei! Mas nada se compara ao alívio de jogar algo contra a parede, contra o chão.

Numa chuvosa manhã de domingo, o cano de água estourou, caiu o telhado da casa do cachorro, as roseiras tombaram... Já que sou o responsável pela manutenção dessas áreas da casa, eu tinha de dar conta de tudo isso, além de me preparar para um compromisso importante e triste: missa de sétimo dia. Como nada seria resolvido num passe de mágica, encarei os desafios. Tarefa cruel, ingrata e sonolenta às 6h.

Colocar as roseiras no lugar foi fácil (jardineiro). O telhado foi coberto com uma lona, uma obra emergencial digna de um trabalho estatal (pedreiro). O problema surgiu no meu momento encanador. Por mais que tentasse, não conseguia ajeitar o cano quebrado. O tempo passava, a chuva caia e o desespero aumentava. Nada de eu conseguir dar um jeito naquela situação.

Num momento repentino, já sem saber o que fazer, atrasado, sujo e molhado, vi-me com uma vassoura na mão; no outro, ela já estava aos pedaços no chão do quintal. A vassoura apareceu num momento providencial. Extravasei! Creio que o estresse pelo cano quebrado tenha sido o de menos. Coloquei para fora, num ato bruto, mágoas antigas. Por que naquele instante? Por quê? Por quê? Por quê?

Depois do acontecido, respirei fundo e terminei o que tinha de fazer. E consegui. A sensação de leveza é indescritível. O dia se tornou mais leve; a vida, neste começo de ano com Mercúrio retrógrado, ficou mais acolhedora. Mas tenho limites. Arremessar o celular, quebrar o vaso, ou destruir o espelho não é financeiramente viável. Jogar algo em alguém está fora de cogitação. No final, não atingi o ápice das personagens revoltadas dos folhetins. Além disso, tive de comprar uma nova vassoura. E se fosse um celular?

O mais “louco” é saber que até campeonatos mundiais de arremesso de celular existem. E com direito a várias categorias, de acordo com a criatividade do lançamento, distância atingida e idade. Sim, desde bem jovem já se aprende a jogar para longe os nem sempre queridos aparelhos e outros sentimentos. Acho que essa é a minha chance de voltar a ser um atleta de ponta.

No final, independente de realidade ou ficção, de rico ou de pobre, toda pessoa pode(ria) arremessar algo para bem longe. Quais seriam os resultados, as consequências, as metáforas por trás desse ato? Cada um iria obter uma resposta. São as dores e os prazeres da vida, com devidos custos e estereótipos.

Eu sou rica! Jogue um abajur!

Um dia de fúria (não precisa ser rica) nordestina.

Outro dia de fúria.


Francisco Danilo Shimada

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Ex-amor

Desfiz-me dos presentes;
Das lembranças, não.


Ney Matogrosso canta "Ex-amor", de Martinho da Vila.

Francisco Danilo Shimada