Ao cantar "Medo da chuva", de Raul Seixas, o argentino me brindou com a grata surpresa da lembrança. Ao meu lado, uma senhora, com sorriso singelo, derramava algumas lágrimas. Em meu canto, eu derramava as minhas.
Uma estação depois, a senhora desceu. Levou consigo os porquês daquelas lágrimas, daquele sorriso. Pouco depois, o argentino, com algumas moedas no chapéu, também partiu. Por último, desci carregando os motivos de minhas lágrimas, dores, alegrias, tristezas, felicidades...
É preciso perder o medo da chuva, para aprender o segredo da vida. O argentino, a senhora e Raul fizeram-me lembrar disso; algo que, há muito, eu havia me esquecido. Analisando tudo o que tem acontecido, eu já posso cantar: "Eu perdi o meu medo, o meu medo, o meu medo da chuva".
Postado por mim, originalmente, no Facebook, em 27 de maio de 2014.
Francisco Danilo Shimada
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Ótimo ter você aqui no Texstando! Mande as ordens. Vamos texstar?!